Mulher,mornas colinas,corpo branco
minha sede,minha ânsia,meu caminho
herdo de ti meu dia destruído,
sozinho na solidão desta hora de mortes
que em torno de mim da voltas.
Aqui,há a vastidão dos pinheiros,
o rumor de ondas quebradas,
o crepúsculo caindo nos teus olhos,
há a noite que esvoaça largando espadas.
Aqui,onde tu não és,
arde na mais alta fogueira
a minha solidão
e faço sinais de adeus nos teus olhos ausentes
mulher distante e minha
e hora de partir para mais longe
e as nuvens,como lenços brancos,
dizem-te adeus.
Mulher alada e minha,
sacudo todas as raízes
e conservo a tua
e a hora,a hora
que a vida prende ao nosso corpo.
Calco já a terra
cada vez mais longe,
para alem de tudo
para alem de ti.
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